domingo, 24 de julho de 2011

SINA

No meu semblante, vislumbro:
meus medos, minhas frustrações e temores.
Vejo a vida se esvaindo
saindo, como sangue em dique
estando eu a um clique, talvez
de minha solidez...
(Não estanco, nem líquido nem verve).

O lampejo do meu olho me confunde
não somente pelo brilho.
Mas me transfere pra minha ilusão
minha solidão...
Meu insólito mundo?
Íntimo reduto incolor
que transcende minha mente.

As horas conspiram-se
me impelem ao esquecimento...

Porém ainda não me vejo débil
e nem mortiço...
Minhas veias ainda latejam
e prometem atividade.

Não sei
se mente ou corpo
se aura ou carma
se cura ou ferida
se morte ou vida...

... somente da sina sei.



(Linaldo Oliveira - 24/07/2011)

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