quarta-feira, 23 de novembro de 2011

FAZER POR FAZER

Escrever pra que?
Fazer prosa ou rima
desenvolver o clima
na siombiose do ser?

De nada adianta
pois ninguém lê!

Se fosse um assassinato
um acidente
um assassino?
Um esquartejado menino
vísceras no asfalto, um assalto
legiões estariam aos cotovelos
saciando seus zelos
pois a morte fascina...

E se fosse menina
com genitálias rasgadas?
Ah! Seriam milhares
de "n" lugares
ávidos por fotos.
(Não prescisa rimar,
afinal não há ninguém pra notar!)

E motos?
Quebradas que ficam
debaixo de carros?
As pernas e braços
que ficam nas estradas
de sangue banhadas.
Os destinos?
A "veja"!
(É com "v" minúsculo, mesmo!)
Ver.
Sôfrego.
Quem não deseja?

Escrever pra que?
Se não mostrar desgraça
é talvez por pirraça
que ninguem quer saber...

... então o que resta
é FAZER POR FAZER.


Linaldo Oliveira - ( Composição fruto de um momento tosco do presente)

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